Psiquicamente, somos seduzidos por notícias e informações desafortunadas e trágicas, pois elas evocam um dos sentimentos mais antigos do homem: o medo. A mídia acaba explorando esta vulnerabilidade, o que provoca o pânico, a ansiedade e a angustia. Em tempos de pandemia – o que é algo novo para o mundo pós-moderno – a notícia ou informação incorreta também tem o poder de contaminar o indivíduo.
Emoção primária, o medo é necessário e saudável desde que mantenhamos um certo controle sobre ele. Quando perdemos o controle, uma sucessão de mudanças químicas, fisiológicas e psicológicas ocorre no indivíduo, que vão desde o stress até situações de pânico. Reflexões a respeito do medo são necessárias. É importante conhecer o medo e saber seu nome. Racionalizar os temores pode ser um bom exercício, através do diálogo interno e no hábito de deixar de alimentá-lo.
Manter-se em exercício físico (dentro do possível) e práticas de respiração são bem vindas para conter a angustia. Orientar as crianças corretamente no manejo de suas emoções, ter paciência com idosos e humanizar familiares e amigos com sintomas são fundamentais.
É importante também filtrar fontes sérias e verídicas, evitando desta forma qualquer tipo de excesso.
No entanto, pacientes com fobias, TOC e quadros ansiosos em geral podem ter seus quadros agravados em tempos de COVID-19 e pandemia. Para maiores dificuldades, recomenda-se a busca por serviço de saúde mental especializado on-line, conforme prevê a resolução 11/2018 do CFP. Não deixe de buscar ajuda!
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